segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Por escolhas, viveremos



Não há um mundo mais complicado do que o mundo interior, o nosso mundo.
Aquele que criamos dentro de nossas cabeças e tentamos moldar todos os dias. Moldar para nós mesmos, para quem amamos, para quem tenta opinar, para quem quer se espelhar, para quem critica, para quem elogia.
Afinal, do que o nosso mundo é feito? Sentimentos, dores, percas, alegrias, vitórias, medos, objetivos, frustrações. Os sentimentos são incontáveis e eles moldam nosso mundo todos os dias, as vezes nos quebram, despedaçam e colocam tudo abaixo! Outros nos elevam as alturas, tornado mais fácil viver, enfrentar os problemas... Quase super heróis!

Porém... O que realmente molda nosso mundo, são as escolhas. Nossas escolhas.
Escolhemos trilhar o caminho do bem ou do mal, escolhemos amar ou odiar.
Escolhemos viver sobre o rancor ou sobre a benevolência, sobre os olhares ou sobre os sorrisos.
Escolhemos nos render ao mundo exterior ou lutar contra ele, entre desistir ou insistir... Seja no erro ou no acerto.

A cada dia que passa o mundo se torna um lugar mais sombrio, triste e complicado de viver, de se alegrar, de acreditar e se entregar. Diante da frieza dos sentimentos, da intolerância, da ignorância, falsidade e preconceito... Estamos fadados a moldar nosso mundo para que possamos sobreviver com uma falsa sensação de paz e harmonia.

Mas se render ou não a esse mundo externo, também é uma escolha.

Eu escolhi por viver e moldar o meu mundo, para o meu coração e minha mente habitarem em paz. Independente dos conceitos, opiniões e crenças...



O amor ao invés do ódio.
A paciência ao invés da intolerância.
A amizade ao invés do caráter de fachada.
A compaixão ao invés da frieza.
A educação ao invés da ignorância.
O sonhar ao invés das correntes do medo que me prendem ao chão constantemente.

Porém eu me desvio todos os dias dessas decisões, por medo ou por falta de caráter de enfrentar tantas opiniões e julgamentos... Porém me esforço em voltar para o meu caminho, para o caminho que eu escolhi.
Não porque é certo, não porque é bonito ou porque é admirável... Mas porque é o caminho que eu escolhi, porque me faz bem. Aos que me aceitam, serão bem vindos ao meu mundo interior... Aos que se sentirem desconfortáveis, que procurem outra casa para habitar e outro mundo para moldar.

A morte eu não posso escolher... Não posso opinar sobre ela, nem sugerir ou até mesmo pedir que volte amanhã. Ela virá cedo ou tarde, indiferente da nossa escolha em querer ou não partir.
Mas posso escolher como viver até lá, como será o meu mundo e a lembrança dele para aqueles que ficarão após minha partida.

Minhas escolhas... Só preciso de um pouco mais de tempo para vive-las, por favor... Só um pouco mais de tempo... É tudo que eu preciso!