quinta-feira, 27 de maio de 2010

Music by myself (Part 1)

Eu sempre tive muito amor pela música! Um dos meus grandes sonhos e viver dela, poder um dia estar em cima de palco ou apenas para um pequena platéia, tocando a cada coração com um pouco da minha música. É um sonho que muitos compartilham e pouquissimo alcançam. Mas, sonhar por enquanto é de graça. aushuahsuahsa
Eu gravei essa composição a algum tempo atrás e coloquei no youtube, ficou surpreso ao ver hoje que tem mais de 150 exibições!
Resolvi enfim tomar um pouco de coragem e mostrar ele por aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=lme1FzAEUhc
Comentários, elogios e criticas sempre serão bem vindas. Um dia, espero que em breve, terei coragem em colocar uma musica com letra por aqui. xP
Espero que gostem!

See ya ;)

Memories (Between the lines - II)

Toco a nossa música repetidamente
Lembra-se daquela noite? Tudo havia começado
Pensou no seu sorriso repetidamente
Lembra-se daquela manhã? Algo havia despertado
As palavras "para sempre" foram usadas para selar uma promessa
As lágrimas que foram derramadas marcaram o início da nossa era
Toco a nossa musica repetidamente
Lembra-se daquela tarde? Tudo começou a morrer
Penso nas suas lágrimas repetidamente
Lembra-se daquela madrugada? Tudo acabaria enfim
A palavra "Adeus" foi dita para queimar nossa promessa
As lágrimas que eu ali derramei, marcaram o início das minhas trevas
Toco a nossa música pela última vez
Lembre-se desta noite, mais uma vez me coloco de pé
Penso no seu rosto pela última vez
Lembre-se que pela manhã, já não estarei mais aqui...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Reason (Between the lines - I)

Esta é a razão do porque estou aqui
Não acredito que seja para outra coisa
Meus pés me trouxeram até aqui
Mesmo a muito tempo atrás eu podia ver, sabia que não seria fácil, mesmo assim andei até aqui
Ah! Quanto tempo perdido, mas foi melhor assim
Ah! Quantos sonhos esquecidos, mas vivo melhor assim
Olhe bem, grave esta imagem e nunca se esqueça, foram meus pés que me trouxeram até aqui
Quantas pessoas vivem ao meu lado
Apenas aquelas que vivem em mim, eu carreguei comigo até aqui
Mesmo a muito tempo atrás eu podia ver que seria solitário, mesmo assim eu vim até o fim
Ah! Quantos deram as costas para mim, mas foi melhor assim
Ah! Muitos não me apoiaram e continuo vivo mesmo assim
Olha bem, grave esta imagem e nunca se esqueça, não foi fácil chegar aqui
Olha bem, grave esta imagem e lembre-se sempre
E caminhando sem desistir, que se chega até o fim!

domingo, 16 de maio de 2010

A muito tempo atrás... (parte VII)

"Mãe... se eu ainda estou vivo, foi porque você sempre esteve aqui... embora eu não tenha dito isso, obrigado..."
Eu nunca chorei sozinho, nunca sofri sozinho, nem mesmo as noites em claros eu passei sem ela. Se havia uma dor maior do que a dor física, era dor de ver minha mãe sofrer a cada grito que eu dava, a cada lágrima que eu soltava e a cada vez eu que precisava de ajuda para simplesmente ir do quarto até o banheiro.
Mãe é um ser que não pode ser comparado a mais nenhum outro e eu tenho certeza que, se não fosse por ela, eu não estaria aqui nesse momento, vivo! Ela não somente me deu a vida, como também a manteve até hoje!
Por melhor que seja o escritor, por mais culto e estudado que seja o professor e por mais inteligente e sábio que um médico possa ser, ninguém nunca será capaz de expressar exatamente, com todas as palavras, termos e explicações o que é ser mãe.
Por isso, vou usar as mesma palavras que você sempre usou comigo, para expressar um parte do que eu sinto... eu te amo mãe.
Obrigado por tudo.

sábado, 15 de maio de 2010

A muito tempo atrás... (parte VI)

Sobre um Pai...
"Pai... porque nem agora você pode por um momento se conter... eu preciso de você tanto de dia quanto de noite..." Mas de noite, se tratava de outra pessoa.
Muito antes de eu ser diagnosticado Diabético, meu pai tinha problemas com bebida, minha irmã se casou com 17 anos e saiu de casa por não aguentar mais a situação, eu por ser mais novo não tinha essa opção.
Sempre ficava calado, diante dos escândalos, dos seus gritos e cenas, porém, depois da diabetes ficou difícil manter o controle, o nervoso era muito maior, tudo alterava minha glicemia e com ela minha personalidade, causando um irritabilidade profunda e quase instantânea. Várias e várias vezes fui parar no hospital por causa dele, e no dia seguinte, fingia que nada havia acontecido.
Mais justo agora, justo nesse momento aonde a cama e as 4 paredes de um quarto se tornaram meu único e permanente cenário, você não pode estar aqui? Eu me lembro bem... O dia inteiro eu chorava e gemia de dor com meus pés dentro de uma bacia com água e gelo, ele me olhava com uma expressão triste, eu consegui acreditar na preocupação dele, mais a noite não, era outra pessoa, cambaleando, gritando, fazendo escândalo enquanto a dor me mantia mais incapaz e quieto do que eu era antes.
Porque nesse momento você não pode se segurar? Porque gritar com minha mãe, quando ela sozinha esta suportando a tudo isso junto comigo? Porque justo agora eu não posso ter você por completo? Apenas uma única vez, ele chegou em mim, encostou minha cabeça em seu peito e me acariciou... apenas uma vez em 1 ano e 2 meses de sofrimento... Desde o começo, eu não tive um pai por completo e pensar que agora eu teria, foi outro pensamento ingénuo de uma criança... outro pensamento que se desfez junto com as lágrimas.

A muito tempo atrás... (parte V)

A dor só aumentava, a queimação tornava-se cada vez maior, eu não a mínima ideia do que se passava, mas com o tempo as coisas só foram piorando. O que estava acontecendo comigo? A fim de aliviar a queimação, colocava meus pés dentro de uma bacia de água fria, um erro absurdo, porém fácil de entender, pelo menos para mim que já tinha a queimação como algo quase insuportável!
Foi então que obtive minhas respostas... do clínico geral o encaminhamento para o Neurologista, que imediatamente pediu um exame de eletroneuromiografia, um exame onde pequenos choques são enviados aos nervos para medirsua reação em diferente proporções, depois uma pequena agulha é espetada nos membros para medir a pós-reação. O resultado: Polineuropatia periférica motora, também chamada de Neuropatia diabética dolorosa, o médico me explicou de um jeito bem simples: "é como se os seus nervos ficassem como um fio desencapado", outro nome desconhecido, outra coisa contra a qual eu tinha que lutar, a dor estava começando a ficar mais frequente, mais aguda.
Em 3 meses, eu já não conseguia mais andar, passei meu aniversário, natal e final de ano na cama, tive que sair da escola, parar a minha vida e dar espaço a tudo o que a Neuropatia acarretou... Uma queimação insuportável e junto como uma dor que eu nunca havia sentido antes, meus pés incharam, ficaram com a pele escura, queimada pelo gelo que eu comecei a colocar neles todos os dias, o dia inteiro gritando e chorando de dor, e por muitas vezes seguia-se noite adentro da mesma forma.
Outra luta, mais sofrimento e dessa vez... eu ja não tinha certeza se lutar valeria a pena...

A muito tempo atrás... (parte IV)

Algumas semanas se passaram, e com elas a esperança de um diagnostico errado... Sim, eu ainda era uma criança ingênua querendo acordar de um pesadelo.
Tentava me convencer aos poucos que isso não era nada demais, que com o tempo eu até esqueceria do que tinha, já que a ida de emergência ao hospital havia diminuído, mas com o passar do tempo o psicológico começou ao sentir quase tanto quanto o corpo... eu não me lembrava de ter tanta vontade de comer doce como tive logo após ter essa doença, mas qualquer motivo já era uma desculpa para comer tudo o que eu não podia mais, inventava crises de hipoglicemia, mastigava chocolate e não engolia, achando que não tinha problema. Seguiu-se meses assim, o corpo, de um certo modo, ja havia se acostumado, e eu ignorava o fato de estar perdendo ainda mais peso do que já havia perdido, o fato da sede e da urina excessiva continuarem... Infelizmente, ninguém, nem mesmo a médica que se direcionou a mim com a verdade sobre tudo o que eu tinha, havia me alertado sobre os problemas que a diabetes poderia me trazer, as consequências, o preço a pagar pela minha insensatez. Mais já era tarde... não sei exatamente quando começou, já que também se tratava de outra doença silenciosa.
Foi em outubro de 2003, perto do meu aniversário, foi quando eu percebi algo errado. Cheguei até minha mãe e disse: "Tem algo errado...minhas pernas estão doendo demais, e os meus pés queimando..."

sexta-feira, 14 de maio de 2010

A muito tempo atrás... (parte lll) s

O que estaria por vir... desespero, mais medo, angustias... "não quero mais voltar para aquele hospital" foi uma das primeiras coisas que eu me lembrei ao sair de lá, não imaginava que eu estaria de volta 6 dias depois. "Diabetes descompensado", foi o diagnostico da médica assim que eu cheguei lá. Mais uma vez eles estavam falando sobre mim, sobre algo que havia dentro de mim, e que eu não sabia do que se tratava... porque ninguém me falava? "Doutora... o que eu eu tenho afinal? Ninguém me explicou nada!" O olha de espanto e surpresa dela me gelou, ela pensava que eu sabia perfeitamente do que se travava, e o choque foi maior quando eu disse que na UTI, um dos enfermeiros me disse que eu iria melhorar, e que tudo iria passar.
Ela foi a primeira... a me explicar o que eu tinha, que não havia cura, que poderia me tratar para ter uma vida normal, mais que por enquanto, eu estava preso a medicamentos até ó último dia da minha vida.
A partir dai, as semanas seguintes foram todas datadas de viajens de emergência ao hospital, meu corpo ainda sofreria até se acostumar com tudo isso.
As 15 anos eu pesava 80 quilos, em 2 meses eu estava com 66 quilos... me preparam para enfrentar isso fisicamente, alimentação, remédios e distrações...mas infelizmente esqueceram da parte psicológica, e logo essa parte tão frágil de mim, foi a que começou a sofrer...

A muito tempo atrás... (parte ll)

Medo... confusão... incerteza... desistência... Apenas alguns dos muitos sentimentos que me afetaram naquela época. Depois de 2 dias na UTI e mais 5 dias em um quarto de hospital eu estava voltando para casa, mudando de uma cama fria a desconhecida para minha cama habitual, mas, porque estava tudo tão diferente? Os olhares dos meus pais haviam mudado, a falta de assunto das pessoas perto de mim era desconsertante, ensurdecedor...
Voltei a antiga vida com uma nova rotina... horários, limitações e seringas. Eu mal podia acreditar que teria de tomar duas injeções por dia; acabei me lembrando de quando tinha 5 anos de idade e me tranquei no banheiro do hospital apenas para não tomar uma simples injeção, foi preciso a médica me prometer que me daria outro tipo de medicamento.
Eu não conseguia levantar da cama, e nem queria, continuava sendo o mesmo na frente dos meus pais e do meu tio que morava aqui na época, mas durante a noite eu chorava sozinho sem motivo algum. Não era mais aquele choro inocente de criança, era um choro amargo, sentido, que tentava numa ação desesperada libertar cada fragmento de medo que havia criado raízes dentro de mim.
Hoje , eu diria para aquela criança em lágrimas em cima da cama, "não chore tanto, aproveite enquanto você esta bem, e aprenda a ser forte, para o que ainda esta por vir..."

Paredes Intocaveis...

Porque intocaveis? Porque sabemos que elas existem, elas nos barram, nos impedem de seguir em frente... e não podemos toca-las, as vezes nem mesmo vê-las! Se ao menos eu pudesse tocar essas barreiras... eu me guiaria até encontrar uma porta, um campainha. qualquer coisa que me desse uma saída, uma fuga... um refugio que fosse.
Essa paredes tomam vários nomes e formas, para mim, ela tomou a forma de uma doença, de um pai, uma perda... eu sempre bato de frente com essas paredes, e o impacto machuca, mais não consigo toca-las!
Até que eu percebi, pra que tocar as paredes? Porque procurar uma saída? E se não houver nenhuma? Devo me desesperar?
Na vida, o segredo é se adaptar a essas paredes, saber aonde estão, quem são, e ai sim, sem pressa, destrui-las e criar uma saída se assim possivel. E se não for possivel... bater de frente, cair e levantar de novo...não, não é fácil, mais quando se cai, e olhamos a parede do chão, pode reparar... que quando você levantar, a cada vez que você levantar... a parede irá lhe parecer, cada vez menor...

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A muito tempo atrás...

Pra mim seria estranho falar sobre isso com pessoas que eu não conheço, que talvez nem irei conhecer, mas por alguma razão fica mais fácil quando ninguém sabe quem sou, onde estou agora ou algo assim. Então espero que não se importem, pretendo dividir aos poucos um pouco da minha historia aqui e mostrar algumas outras um pouco semelhantes.
Com 15 anos eu fui diagnosticado como Diabético, não tinha nenhuma idéia do que era isso, ninguém me explicou e muito menos disse que tinha cura, pelo contrário, tem apenas uma coisa que eu lembro claramente dos dias que fiquei na UTI, um dos enfermeiros olhando para mim e dizendo "depois você vai ficar bom, isso sara sim!". Será que ele realmente sabia o que estava fazendo? Ou apenas me disse aquilo por dizer? Só descobri alguns dias depois que se tratava de uma doença sem cura. Por muito tempo eu olhava a mim mesmo com pena, achando que era o maior dos desgraçados da face da terra, foi preciso tempo e conhecimento para entender e aceitar que eu sou um entre milhares que vivem com uma dificuldade, e olhando muitos outros casos, nem posso considerar o que eu tenho uma dificuldade!
Acho que todo mundo conhece alguém que tem limitações em relação a saúde, isso é, se você que esta lendo agora não seja um deles! Olho para trás e lembro que naquela época, eu ainda não sabia de nada, mesmo achando que tinha tudo nas mãos. O coração humano é realmente muito ingenuo!

What?

É estranho como um simples comentário pode nos deixar tão perplexos e inseguros não é? Digo isso por mim mesmo. Sera que isso é fraqueza? Ou apenas uma vontade sem sentido de querer de algum modo ser aceito e admirado? Acho que todo o ser humano já passou por isso! Querer ser aceito, querer ser amado, querer segurança no andar, no falar, no vestir, no sorrir, no pensar ou apenas de não querer chamar muita atenção para evitar tudo isso.
As vezes quando eu ando pela rua eu gosto de olhar as faces das pessoas e imaginar como ela são, o que estariam passando ou pensando naquele momento. As vezes esses pensamentos me fazem rir sozinho, até o momento em que eu percebo que o observado esta sendo eu, ai eu paro!!!
Mais acho que existe um lugar para mim, um lugar para todos. E é preciso ter coragem para encarar os dois lados da moeda: a aceitação e o desprezo, isto esta presente em todo lugar, todos os dias.
Não a nada errado em ser diferente, desde que aceitemos isso. =)

About nothing and everything...

It's been to long since I write about nothing and everything, even not knowing what that means!
I thought before, that every life's question had to have a aswer, but I realized, that I can live very well just with the aswer that I need, like: "Yes I have a family by my side" or "I'm alive after all, so, that have to be my reason to smile every morning".
But, that wasn't my way of think a little time ago... So many things have change on me, and I want to change even more, for better. Since I came back to walk, I've promised my self never stay stand or be lazy, but without notice, my soul was the one who has been stand and quiet, that's really sad...
A change doesn't happen at once, sometimes it's slow and painful, but if's a change for better, you can go ahead, knowing that it's worth. I needed some tears, falls and bruises to have this point of view about my own life, and I can tell, that it's worth everything to get in here.
This blog won't be just about me, I'll use this to show every single thing that can happens a lonely and heavy hearts, just like mine used to be.

"You don't need any religion to have faith, It's already inside of you, waiting to get out and break free..."